Também chamados de corticoesteroide, glicocorticoide, ou até cortisona, os corticoides têm importante ação anti-inflamatória e são muito utilizados em reações alérgicas, doenças inflamatórias (artrite, lúpus, por exemplo), e também no tratamento oncológico.
São vários os tipos de apresentação: cremes e loções, sprays, comprimidos e injetáveis, para infiltração ou uso intramuscular e endovenoso.

Os corticoides são de extrema utilidade quando bem empregados em várias especialidades médicas, em especial para obtenção de efeitos imunossupressor e anti-inflamatório. No entanto, é importante avaliarmos sempre a relação benefício/toxicidade com seu uso e caso não houver mais benefícios, deve-se evitar o uso continuado. Para muitas doenças reumáticas vale a orientação: menor dose efetiva e pelo menor tempo possível.

Para aqueles que utilizam estes medicamentos por longos períodos de tempo, os potenciais efeitos colaterais são: cansaço, estrias, catarata, osteoporose, aumento dos níveis de glicose (açúcar) no sangue, diminuição das defesa contra infecção, agitação e insônia. Efeito colateral frequente, o sobrepeso é o que mais incomoda os pacientes. Nem todos ganham peso mas para alguns esse aumento pode ser muito relevante.

Por que ganhamos peso?

Bem, o uso prolongado de corticoide causa retenção de líquido em nosso organismo, devido a alteração na eliminação de sódio, o que leva ao inchaço neste paciente. Como estes medicamentos também podem causar aumento de apetite, isso pode resultar em ganho de peso indesejado.

Mesmo se tiver ganhado peso, não é indicado parar o tratamento sem orientação médica! Interromper o uso de corticoides pode atrapalhar todo o andamento terapêutico e prejudicar os bons resultados já conquistados. Infelizmente, ainda não é possível prever quem vai ter o inchaço durante o uso do corticoide, mas com uma alimentação saudável e com pouco sal, é possível evitar que o ganho de peso seja tão elevado.

É importante evitar o consumo de açúcar, doces, carboidratos em excesso e uso elevado de sódio, muito comum em alimentos industrializados. Opte por comidas frescas, sem gordura, e tome bastante água.

Chás de hibisco, cidreira, menta e gengibre, e sucos naturais, de frutas que não contenham muito açúcar são excelentes opções para combater a retenção de líquidos, e o nutricionista poderá lhe ajudar ainda mais!

O cuidado na alimentação das pessoas com gota deve ser uma prioridade, já que vários alimentos são fontes de purinas que entram na formação do ácido úrico.

Quem sofre com gota não deve consumir:

👉Bebidas alcoólicas: principalmente cerveja, a maioria dos estudos mostra que o vinho pode ser bom para beber com moderação.
👉Vísceras, como coração de galinha, rim, fígado, moelas, miolo são ricos em purinas.
👉Peixes, frutos do mar -podem aumentar seus níveis de ácido úrico
👉Defumados, carnes vermelhas e gordas – em geral são mais ricos em purinas do que carnes brancas e devem ser consumidas apenas ocasionalmente

Alimentos e nutrientes recomendados e que oferecem uma certa proteção contra o desencadeamento da gota:

👉Vegetais -não aumentam os níveis de ácido úrico e podem até protegê-lo
👉Leite e derivados desnatados – as proteínas encontradas no leite promovem a excreção de ácido úrico na urina.
👉Café – bebedores de café por um longo período (4 a 6 xícaras por dia) têm menos risco de desenvolver gota do que pessoas que não gostam da bebida popular.
👉Cerejas – os pigmentos vermelho-púrpura da fruta (antocianinas) têm poderosas propriedades antioxidantes e antiinflamatórias e acredita-se que forneçam proteção.
👉Alimentos fontes de vitamina C, como as frutas cítricas – laranja, abacaxi e morango têm alto teor de vitamina C, mas baixo teor de frutose (que está associada ao aumento dos níveis de ácido úrico)
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E BEBA AGUA. Pelo menos 8 copos de água. E se você estiver tendo um surto, aumente a ingestão para 16 copos por dia! A água ajuda a eliminar o ácido úrico do sistema.

O termo “vasculite” se dá a um grupo de inúmeras doenças diferentes que têm, em comum, a inflamação da parede dos vasos sanguíneos, sejam artérias ou veias de pequeno, médio ou grande calibre.

Por causa do processo inflamatório, as paredes se tornam mais grossas e atraem células do sistema de defesa do organismo que se acumulam no interior do vaso. Essa reação pode provocar um estreitamento (estenose) que dificulta a passagem do sangue ou interrompe completamente o fluxo sanguíneo. Quando isso ocorre, os tecidos e órgãos irrigados pelos vasos inflamados deixam de receber o sangue necessário para sua sobrevivência.

Quando um vaso é afetado ainda há a possibilidade que apresente alterações em sua estrutura, como o enfraquecimento da parede, e que predispõe à formação de aneurismas e hemorragias, ou o aumento definitivo de sua espessura. Isso pode ocorrer em algumas vasculites.

As vasculites podem causar sintomas ou lesões em diferentes órgãos e sistemas do nosso corpo.

O que são as Vasculites Primárias?


As Vasculites Primárias são doenças raras, de causa pouco conhecida. O nome e a classificação das Vasculites Primárias dependem principalmente do tamanho do vaso sanguíneo que geralmente é acometido. Entre as Vasculites Primárias, diferenciam-se ainda dois grupos. No primeiro, a vasculite ocorre de forma isolada em apenas um órgão ou tecido. Neste grupo estão incluídas as vasculites isoladas do sistema nervoso central, pele, olhos, etc. No segundo grupo, as vasculites acometem simultaneamente ou sequencialmente, vários órgãos ou sistemas (Vasculites Sistêmicas). São exemplos de vasculites Sistemicas: Arterite de Takayasu e a Arterite de Células Gigantes ou Arterite Temporal (vasculites que acometem preferencialmente vasos maiores); Poliarterite Nodosa e a Doença de Kawasaki (vasculites que acometem principalmente vasos de médio calibre); Granulomatose com poliangiíte, granulomatose eosinofílica com poliangiíte, Poliangiíte Microscópica, Urticária Vasculite, Púrpura Henoch-Schönlein e Crioglobulinemia.

O que são as Vasculites Secundárias?


As Vasculites Secundárias são aquelas em que observa acometimento dos vasos, mas esse acometimento está associado a alguma outra condição que pode ter relação causal com a inflamação dos mesmos. É o caso das vasculites associadas a outras doenças auto-imunes, infecções, neoplasias, exposição a drogas, etc.

Quais são as manifestações clínicas dos pacientes com Vasculites Sistêmicas?


Pacientes com Vasculites Sistêmicas apresentam, dentro de um período de dias ou semanas, alguns sintomas gerais como febre, emagrecimento, cansaço e artralgias. Podem apresentar também sintomas que vão variar de acordo com o órgão (e tipo de vaso) acometido. O envolvimento cutâneo com formação de nódulos e livedo reticular (linhas arroxeadas na pele) é mais típico da Poliarterite Nodosa. Principalmente na Poliarterite Nodosa e na Arterite de Takayasu, pode ser observada Hipertensão Arterial importante devido ao comprometimento renal. Na Poliangeíte Microscópica o acometimento renal pode levar a perda da função e necessidade de diálise. Sinais e sintomas neurológicos são mais frequentemente observados na Poliarterite Nodosa. Também na Granilomatose com poliangiíte, o primeiro sintoma pode ser o de uma sinusopatia de repetição, mas comprometimento otorrinolaringológico é também observado principalmente na Granilomatose eosinofílica com poliangiíte. Na Arterite Temporal, o principal sintoma clínico é cefaléia de início súbito, em região temporal, às vezes acompanhada por espessamento da artéria temporal. Como podemos ver, os sintomas podem ser muito variados, e embora observemos com maior freqüência alguns tipos de sintomas em determinadas doenças, eles podem ocorrer em qualquer tipo de Vasculite Sistêmica.

Como é o tratamentos das Vasculites Sistêmicas Primárias?


No momento atual, ainda não há cura para as Vasculites Primárias. O tratamento é de longa duração e tem como objetivo controlar a doença o mais rapidamente possível (terapêutica de indução) e manter esse controle em longo prazo (terapêutica de manutenção). As consultas deverão ser freqüentes e regulares, para avaliar o controle da doença e os possíveis efeitos colaterais dos medicamentos que estão sendo utilizados. O curso dessas doenças é relativamente imprevisível. A remissão pode ser duradoura, mas frequentemente é necessário tratamento de manutenção crônico. Os períodos de remissão podem ser interrompidos sem uma causa evidente.

Como é o tratamento das Vasculites Sistêmicas Secundárias?


Nas Vasculites Secundárias, o tratamento é direcionado para o fator causal associado, podendo apresentar muito boa resposta.

Possivelmente, a forma mais relevante na qual a dieta moderna contribuiu para as doenças autoimunes é causando a síndrome do intestino permeável (ou “permeabilidade intestinal anormal”). Simplificadamente, o intestino permeável pode ser resumido da seguinte maneira:

Em uma pessoa saudável, o intestino é como um tubo fechado – sendo que as paredes desse tubo são uma espécie de “barreira” de funcionamento bem complexo.

Essa barreira tem a função de regular o que passa do intestino para dentro do nosso corpo, e com isso os nutrientes certos são priorizados para a corrente sanguínea, enquanto todo o resto fica de fora. É assim que você obtém os nutrientes a partir da comida, e ao mesmo tempo mantém dentro do intestino todo o “resto”.

No entanto, toxinas alimentares da dieta moderna, especialmente proteínas como glúten e outras lecitinas, desequilibram essa barreira.

Essas proteínas se parecem com açúcares simples, então, a barreira do intestino as deixa passar facilmente.

Quando essas substâncias tentam passar pela barreira, elas acabam danificando a parede intestinal e tornando mais fácil que outras partículas que deveriam ficar de fora entrem para a circulação sanguínea.

No entanto, assim que essas outras partículas entram na corrente sanguínea, nosso sistema imunológico percebe que elas não deveriam estar ali – e, por isso, nosso corpo tenta combatê-las. Infelizmente, essas proteínas são “espertas” e podem continuar a enganar seu corpo.

As lecitinas que conseguem permear (passar) a parede do intestino muitas vezes se parecem com as proteínas que fazem parte do seu próprio corpo (isso é chamado de mimetismo molecular).

Então, quando o sistema imunológico monta uma defesa contra elas, essa defesa pode acabar atacando suas próprias proteínas também.

Essa foi uma explicação muito simplificada; se você deseja obter a versão científica disso, você pode encontrá-la nas referências.

Conforme dissemos, as pesquisas ainda estão em fases preliminares.

Mesmo assim, há uma quantidade crescente de indícios apontando a permeabilidade intestinal como um importante fator das doenças autoimunes – sendo que as substâncias irritantes ao intestino (tão presentes na dieta moderna) podem não estão ajudando você se manter da forma mais saudável.

As doenças reumáticas na infância têm frequência cada vez mais elevada, principalmente em adolescentes do sexo feminino. Entre essas doenças reumáticas, o lúpus eritematoso sistêmico (LES) se destaca. Crianças e adolescentes necessitam de atendimento diferenciado, devido ao potencial impacto da doença e da terapia no crescimento e desenvolvimento físico e psicológico.

Entre toda a população lúpica, em tono de 20% pertence à faixa etária pediátrica, se manifestando até os 16 anos. A principal diferença é que, na criança, o acometimento renal pode ser mais prevalente e grave. Os critérios diagnósticos utilizados para o LESJ são os mesmos do adulto e o tratamento é bastante similar.

Os sinais e sintomas são muito variáveis, e qualquer órgão pode ser afetado. Frequentemente, encontramos no início da doença os seguintes sintomas:
febre, perda de peso e mal-estar, com agravamento no decorrer de semanas ou até meses.

As manifestações clínicas mais comuns são: artrite (67%), erupção malar (66%), nefrite (55%) e doença do sistema nervoso central (27%). Algumas crianças apresentam sintomas agudos – até mesmo com risco de vida – já no início da doença.

Embora não façam parte dos critérios diagnósticos, manifestações decorrentes do acometimento de diferentes órgãos podem ocorrer, tais como:
-febre persistente,
-hemorragia pulmonar,
-hipertensão pulmonar,
-pneumonite,
-miocardite,
-doença valvar,
-doença arterial coronária,
-ascite,
-pancreatite,
-hepatite

Nem todas as manifestações necessárias para o diagnóstico definitivo podem estar presentes quando a criança é vista pela primeira vez. Assim, quadros reumatológicos, dermatológicos, renais e neurológicos sem diagnóstico etiológico definitivo devem ser acompanhados até que um diagnóstico possa ser firmado.

O tratamento da doença é crônico e prolongado, são eles:

  • Acompanhamento Reumatologia e com Pediatra.
  • Outras especialistas podem ser acionados: Nefrologista, Cardiologista, Neurologista, entre outras, a depender dos órgão acometidos;
  • Nutrição adequada, com cuidado na oferta de sal e proteínas nos pacientes hipertensos e com acometimento renal;
  • Cuidado com a exposição solar, tentando evitá-la e lembrando de utilizar filtro solar;
  • Tratamento medicamentoso é baseado na utilização de corticoides (prednisolona ou prednisona) e anti-maláricos (cloroquina ou hidroxicloroquina). Em casos graves, a pulsoterapia pode ser utilizada. O uso crônico de corticoides exige monitorização de seus efeitos colaterais: hipertensão arterial, osteoporose, catarata, alteração do crescimento, acne, úlceras, susceptibilidade a infecções, dentre inúmeros outros.
  • Em casos de acometimento renal, a utilização de imunossupressores, tais como azatioprina, micofenolato e ciclofosfamida, melhorou consideravelmente a sobrevivência e a gravidade da agressão renal ;
  • O tratamento não deve ser retardado nos casos graves, mesmo nos pacientes que não preencham todos os critérios de classificação; o reumatologista vai coordenar esse tratamento.
  • Não esquecer de seguir o calendário de vacinação. Atenção na indicação das vacinas vivas nos paciente em uso crônico de corticoides e/ou imunossupressores. Converse sempre o reumatologista para receber orientações.

É importante tratar adequadamente as manifestações clínicas e seguir cuidadosamente aqueles que não preencham os critérios diagnósticos. Dessa forma, caso apareçam achados adicionais, estes podem ser investigados ao longo do tempo, fechando o diagnóstico definitivamente.

Outros fatores, como história familiar, idade, duração dos sintomas e evolução dos achados, devem ser levados em conta antes de classificar uma criança com LES, uma vez que nenhum dos critérios clínicos ou imunológicos para a classificação do LES é específico da doença. Alguns pacientes podem apresentar manifestações graves de órgãos pelo lúpus sem cumprir os critérios de classificação e devem ser tratados prontamente.

A gota é uma doença inflamatória, mais comum em homens a partir dos 30 anos de idade. Crises de dor intensa, principalmente nas articulações dos pés, que iniciam com inchaço e vermelhidão (especialmente no dedão) e melhoram em alguns dias são um forte indicador de gota, um tipo de artrite (inflamação nas articulações) que ocorre em algumas pessoas com elevados níveis de ácido úrico no sangue. No passado, por ser associada ao consumo exagerado de comidas e bebidas, era chamada de “Doença de Reis”.

As combinações das manifestações da gota são variáveis, ou seja, um paciente pode apresentar somente crises agudas de artrite, depósitos dos cristais e/ ou alterações de função renal ou cálculos renais.

É bastante comum nos pés e joelhos, porém a gota também pode acometer outras regiões, como as mãos e cotovelos.

Tipos

A gota pode ser dividida em dois tipos:

Gota primária

A gota primária é causada por um erro inato do metabolismo das purinas (um defeito enzimático específico), caracterizado pela superprodução de ácido úrico e/ ou por defeito na excreção renal de urato, sendo este último o tipo mais comum.

Gota secundária

A gota secundária é aquela que surge durante o desenvolvimento de outras doenças: leucemia, linfoma, drepanocitose, outras anemias hemolíticas, psoríase, hiperparatireoidismo, insuficiência renal, estados de hiperinsulinemia ou resistência à insulina.

Também pode surgir devido auso de alguns medicamentos (diuréticos, salicilatos em doses baixas, L-dopa, pirazinamida, etambutol, quimioterápicos, ciclosporina, tacrolimus) ou quando o indivíduo está exposto à dieta rica em purinas, em estado de inanição ou desidratação grave.

Fases

Gota aguda

A fase de artrite gotosa aguda (gota aguda) habitualmente manifesta-se a partir dos 40 anos, com uma crise súbita de dor articular, geralmente com comprometimento de uma única articulação. É associada ao calor, rubor e edema locais.

A articulação mais acometida é a primeira metatarsofalangeana (“dobra”) do primeiro dedo do pé (“dedão”), mas pode acometer as outras articulações dos outros dedos do pé, do dorso do pé, tornozelos, joelhos, punhos, mãos ou cotovelos.

Durante a crise aguda de gota, podem ocorrer febre e calafrios. Nesses casos, é importante uma cuidadosa avaliação para afastar infecção associada.

A duração da crise aguda da gota varia de horas a poucos dias. Finalizada a crise aguda de gota, o paciente passa para a fase de período intercrítico: durante esta ele se mantém assintomático (sem sintomas).

Período intercrítico

O período intercrítico da gota tem duração bastante variável.Uma segunda crise de gota pode acontecer entre seis meses ou mesmo 10 anos, mas na maioria das vezes acontece entre seis e 24 meses após a primeira crise.

Crises agudas de gota não tratadas ou tratadas de forma inadequada tendem a favorecer ataques subsequentes mais graves e prolongados e a reduzir o período intercrítico.

Consequentemente os sintomas não se resolvem completamente, havendo o comprometimento de mais de uma articulação, passando-se para a fase de gota crônica.

Gota crônica

Na fase de gota crônica, os períodos livres de sintomas desaparecem. O paciente apresenta quadro de dor contínua em mais de uma articulação, associada a outros sinais de inflamação, como edema e calor, que levam a deformidades.

É nesta etapa que surgem também os tofos (nódulos resultantes do acúmulo de cristais de ácido úrico). Geralmente, os tofos são indolores e aparecem em várias partes do corpo, limitam a mobilidade da articulação perto da qual se localizam ou ulceram e drenam uma secreção que lembra pó de giz molhado.

Durante toda a evolução da gota, o aumento do ácido úrico no sangue (hiperuricemia) pode causar dano aos rins.

A deposição crônica de urato nos rins pode levar a perda de função renal e formação de cálculos renais. Sabe-se que homens com gota têm duas vezes mais chance de ter cálculos renais do que homens sem gota.

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A dor ciática é um tipo de dor muito frequente. Estima-se que até 40% das pessoas irão ter essa dor durante a vida, e ela se torna mais frequente com o avançar a idade. A dor tem origem na coluna e se irradia para a parte traseira da perna, geralmente afeta apenas um lado do corpo e tende a ser acompanhada por dores nas costas regulares. A dor costuma desaparecer por si mesma em algumas horas ou dias. No entanto, alguns ataques podem ir e vir por várias semanas ou até meses.

As doenças ósseas (osteoartrite) e as doenças dos discos intervertais (protrusão ou hérnia de disco) são possíveis causas da dor do nervo ciático.

Felizmente, há muito que você pode fazer para prevenir a ciática e também aliviar a dor:

Aumente o exercício

O exercício é uma forma fundamental de prevenir ou ajudar a aliviar a ciática. Considere estes tipos:

Exercícios aeróbicos: caminhar, correr, nadar, andar de bicicleta, dançar e outras atividades que aumentam sua frequência cardíaca sem causar mais dor, se você já tiver ciática.

Treinamento de força: exercícios com pesos livres ou aparelhos de musculação, ou exercícios isométricos, que envolvem a contração dos músculos sem movimento óbvio.

Treinamento de flexibilidade: ioga, tai chi, Pilates e atividades semelhantes que aumentam a flexibilidade e a força.

Na verdade, qualquer exercício que você possa desfrutar e fazer regularmente vai ajudar. Portanto, experimente algo novo, volte a um antigo favorito ou ambos.

Fortaleça os músculos centrais do seu corpo (chamamos de “core” que no inglês significa “centro”)

Pode não parecer óbvio que um núcleo mais forte possa melhorar a saúde da coluna. Mas seu núcleo não consiste apenas em seus músculos abdominais, embora eles sejam os principais contribuintes para a estabilidade de sua coluna. Os músculos das costas, dos lados, da pélvis e das nádegas também fazem parte do seu núcleo. O fortalecimento de todos esses músculos ajuda a apoiar a coluna.

Muitos tipos de exercícios, incluindo ioga e Pilates, podem fortalecer os músculos centrais. Por exemplo, pranchas e pontes são movimentos que visam o núcleo.

Evite sentar por longos períodos

Períodos prolongados de sentar pressionam os discos e ligamentos da região lombar. Se você tem um trabalho que exige muito tempo sentado, faça pausas frequentes ou tente uma mesa em pé. Menos sentado é melhor.

Gerenciar seu peso

Estar acima do peso ou ser obeso pode aumentar o risco de ciática. E as pessoas que têm ciática e estão acima do peso tendem a cicatrizar mais lentamente. Por quê? O aumento de peso exerce pressão sobre a coluna e pode causar hérnia de disco. Mesmo uma pequena perda de peso reduzirá a inflamação e a pressão na coluna.

Pratique uma boa postura

Mamãe estava certa – desleixar não é bom para você. Mas você não precisa andar pela sala com um livro na cabeça para praticar uma boa postura. Siga estas dicas:

Preste atenção à posição do seu corpo quando estiver de pé ou sentado.
Para evitar a curvatura, puxe os ombros para baixo e para trás. Imagine suas omoplatas se tocando.
Se você trabalha em um computador, faça pausas frequentes. Posicione o monitor de forma que você possa vê-lo sem abaixar a cabeça ou inclinar para trás.

Dormir de lado, com um travesseiro entre os joelhos é uma ótima posição para o período de sono ou descanso

fonte: https://www.health.harvard.edu/pain/5-tips-for-coping-with-sciatica

A dor geralmente é um mecanismo de proteção que alerta seu cérebro quando seu corpo está sendo prejudicado de alguma forma. Os nervos dessa área enviam sinais através da medula espinhal ao cérebro. O cérebro localiza a lesão e desencadeia um processo de cura.

Os sinais de dor podem ser desencadeados por:

  • lesão física ou dano ao seu corpo – por exemplo, uma torção no tornozelo ou dano que ocorre como parte de uma condição de longo prazo, como osteoartrite
  • produtos químicos produzidos dentro do próprio corpo que podem irritar as terminações nervosas – isso pode estar relacionado a uma infecção, lesão por uso excessivo ou surto de uma doença de longa duração, como artrite reumatóide
  • danos aos nervos que os fazem disparar sinais de dor para o cérebro sem qualquer causa física, o que às vezes acontece na síndrome de dor regional complexa .

Quando temos uma lesão ou dano ao tecido causado por uma doença, os nervos na parte afetada do corpo tornam-se mais sensíveis do que o normal, de modo que os sinais de dor são acionados com mais facilidade e nos avisam se houver qualquer outra ameaça à área dolorida.  Normalmente, à medida que a lesão cicatriza, os nervos tornam-se menos sensíveis novamente e os sinais de dor diminuem e depois param.

Quando a dor interfere em nossas atividades diárias, os medicamentos analgésicos podem ajudar, bloqueando ou reduzindo os sinais de dor para o cérebro, embora não afetem diretamente a lesão ou o dano.

A dor não é apenas uma sensação física – ela também pode ter efeitos emocionais, especialmente se a causa da dor não for clara ou se for difícil encontrar um alívio eficaz da dor. E nossas emoções ou humor podem, por sua vez, fazer a dor parecer pior ou melhor.

O que é dor de longo prazo?

Os médicos definem a dor de longo prazo (ou ‘crônica’) como aquela que dura mais de 12 semanas ou que dura mais do que seria esperado para o tipo de lesão ou nível de dano.

Às vezes, é possível encontrar uma causa específica de dor de longo prazo – por exemplo:

  • uma condição subjacente, como artrite
  • lesão ou doença nervosa.

No entanto, com a dor de longo prazo, a sensação de dor nem sempre está diretamente relacionada à lesão ou dano que a causou inicialmente. Às vezes, as mensagens entre os nervos e o cérebro podem ser perturbadas de modo que os nervos permaneçam excepcionalmente sensíveis e continuem a disparar sinais de dor mesmo depois que um problema físico tenha sido resolvido.

Como nossos corpos são “programados” para entender a dor como um sinal de alerta, nossa reação natural é freqüentemente proteger a área afetada de mais danos – talvez descansando-a completamente, usando-a menos do que o normal ou apoiando-a.

Depois de um tempo, a falta de uso leva ao enfraquecimento dos músculos. À medida que ficamos menos em forma, nos cansamos mais facilmente e ficamos mais sujeitos a distensões e entorses, resultando em mais dor. Isso pode facilmente se tornar um círculo vicioso.

Como a dor pode afetar você?

A dor pode dificultar o desempenho de suas atividades diárias, seja em casa, no trabalho ou nas horas de lazer. É um instinto natural tentar proteger qualquer parte do corpo que esteja dolorida e isso pode afetar suas escolhas diárias. Você pode tentar evitar empregos que tendem a aumentar sua dor ou pode recusar oportunidades de fazer coisas que normalmente gostaria.

A dor não é apenas uma sensação física – ela também tem efeitos emocionais. Se você sentiu dor por meses ou anos, não é surpreendente que ela comece a afetar seu humor e autoconfiança. Viver com dor de longa duração é muito diferente de lidar com um curto período de dor, especialmente se a causa da dor não é clara e os tratamentos padrão não estão ajudando.

Outros problemas relacionados à dor de longo prazo podem incluir:

  • problemas de sono
  • atividade física reduzida
  • dificuldade com atividades cotidianas
  • envolvimento reduzido em atividades familiares e sociais
  • dificuldade em se concentrar ou lembrar das coisas
  • sintomas como fadiga ou ganho de peso
  • efeitos colaterais de medicamentos
  • faltar ao trabalho, dificuldades no trabalho ou ter que se aposentar mais cedo
  • mudanças em seus relacionamentos ou vida sexual.

Se sua equipe de saúde não foi capaz de identificar a causa de sua dor, você também pode se sentir frustrado e desapontado. Você pode sentir que as outras pessoas não entendem quanta dor você está sentindo e pode até começar a se perguntar se a dor é “real”.

Tratamentos

Para tratar corretamente a dor é preciso ir no médico e descrever a dor com precisão, referindo a região do corpo onde a dor é mais forte, dizendo se é do tipo moedeira ou aperto, por exemplo, informando sobre a sua frequência e, se existe algo que leva ao seu agravamento, como levantar a perna ou fazer exercício, por exemplo.

Só desta forma, o médico consegue fazer o diagnostico correto e indicar o tratamento mais adequado que, normalmente, incluiu o uso de remédios, tratamentos naturais como massagens, aplicação de gelo ou calor no local da dor ou mesmo repouso.

Referência: https://www.versusarthritis.org/about-arthritis/managing-symptoms/managing-your-pain/

Essas perguntas são muito frequentes entre os estudantes de Medicina e na população em geral. Muitas pessoas pensam que pode haver algo de errado com suas articulações quando elas “estalam”, ou que isso pode trazer algum problema futuro, principalmente quando se trata de um hábito.

Calma! Se não houver dor associada, não há motivo para se preocupar. Somente quando os estalos estiverem acompanhados de dor significativa e persistente, ou edema (inchaço) articulares, algo pode estar errado. É hora de ver um médico.

A boa notícia é que, apesar do mito popular de desencadear reumatismo, o estalo articular indolor não representa uma forma inicial de artrite, nem causa danos futuros nas articulações. O som que nós chamamos de “estalo” parece vir de tendões ou músculos que se movem sobre a articulação ou sobre o osso, ou pode vir do som de bolhas de nitrogênio normalmente encontradas no espaço da articulação. Geralmente ocorrem quando você se levanta da cama ou da cadeira, se alonga, ou faz movimentos amplos com as articulações, como no caso da rotação do pescoço.

Por outro lado, quando o ruído está relacionado à cartilagem desgastada nas articulações, pode haver dor e, nesse caso, é indicada a investigação médica.

Que ver uma ilustração do que acabamos de falar, veja o link abaixo:

https://www.dw.com/en/popping-or-cracking-joints/av-6686334