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Um estudo americano que analisou os dados do Estudo de Saúde das Enfermeiras (Nurses’ Health Study – NHS) mostrou que mulheres que fizeram pelo menos quatro escolhas de estilo de vida saudável tiveram redução significativamente no risco de desenvolver artrite reumatoide.

Adotar hábitos como beber com moderação, nunca fumar, exercícios regulares e uma boa dieta foi associado a uma redução de risco de 34% (IC 95% 20%-47%).

Com dados de cerca de 250.000 mulheres, o estudo publicado na importante revista científica Arthritis Care & Research – é um dos maiores e mais longos a examinar a relação entre estilo de vida e o aparecimento da artrite reumatoide.

Ao longo de uma média de 24 anos de acompanhamento, a artrite reumatóide se desenvolveu em 1.219 participantes, com cerca de dois terços soropositivos para fator reumatoide (FR).

Os autores se basearam no NHS, que começou a coletar dados de saúde das mulheres em 1976. Enfermeiras profissionais nos EUA são avaliadas periodicamente desde então, e continuam a ser acompanhadas, preenchendo questionários sobre seu estado de saúde e comportamentos relacionados, permitindo o acesso aos seus registros médicos.

A dieta foi avaliada por meio de perguntas sobre a ingestão de mais de 130 tipos de alimentos, gerando um Índice Alternativo de Alimentação Saudável. Outros fatores de estilo de vida examinados no estudo incluíram exercício físico, consumo médio de álcool e histórico de tabagismo. O índice de massa corporal (IMC) dos participantes também foi usado como indicador de estilo de vida saudável. Todos os fatores juntos foram inseridos em um “escore de índice de estilo de vida saudável” categórico.

Para fins estatísticos, os autores analisaram esses fatores como variáveis ​​binárias (sim ou não), com o seguinte definido como “saudável”:

≥19 MET (equivalente metabólico) horas/semana
IMC 18,5-24,9
Estar acima do percentil 40 no Índice Alternativo de Alimentação Saudável
Nunca fumar
Ingestão diária de álcool de 5-15 g (equivalente a cerca de uma dose de bebida)

A escolha deste último item como a abordagem mais saudável para beber foi baseada em estudos anteriores que indicavam que a abstinência total, bem como a maior ingestão diária, estavam associadas a pior estado de saúde em relação a esse nível moderado.

E que fatores eles encontraram assoados ao aparecimento da artrite reumatoide?

Cada incremento no escore de índice de estilo de vida saudável foi associado a uma diminuição de 14% no risco de artrite reumatoide incidente (IC 95% 10%-18%). Mulheres com 5 fatores de estilo de vida saudável apresentaram menor risco (HR 0,42, IC 95% 0,22-0,80).

Tomados individualmente, os maiores contribuintes para o efeito protetor aparente foram: o consumo moderado de álcool, a abstinência de fumar e o IMC normal. Da mesma forma, os menos importantes para a artrite reumatóide foram dieta e exercício.

Os pesquisadores concluíram que “a confluência de fatores modificáveis ​​do estilo de vida representa uma mudança de paradigma no pensamento sobre a artrite reumatoide e o risco de doenças autoimunes”.

Além disso, para a população em geral e, em particular, para aqueles com histórico familiar, uma mensagem importante é mantenham comportamentos saudáveis ​​para minimizar o risco de artrite reumatoide.

Sem dúvida: a vida, quanto mais saudável, melhor. E uma tacinha de vinho por dia é bom também!

fonte:Hahn J, et al “Association of healthy lifestyle behaviors and the risk of developing rheumatoid arthritis among women” Arthritis Care Res 2022; DOI: 10.1002/acr.24862.

A polimialgia reumática é uma doença que acomete pessoas acima de 50 anos, causando rigidez e dor no pescoço, ombros e quadris. A rigidez pode ser tão intensa que pode incapacitar a pessoa para as atividades mais simples.

Outros sintomas frequentes são a fadiga, desânimo, perda de peso, e até febre baixa.

Quando pensar em polimialgia reumática?

Os sintomas tendem a aparecer rapidamente, ao longo de alguns dias ou semanas, e podem ser intensos durante a noite. Ambos os lados do corpo são igualmente afetados. O envolvimento da parte superior dos braços, com dificuldade em levantá-los acima dos ombros, é comum. Às vezes, a dor ocorre nas articulações, como as mãos e os punhos.

A dor é pior pela manhã e melhora com o passar do dia. No entanto, a inatividade, como uma longa viagem de carro ou ficar muito tempo sentado em uma posição, pode causar o retorno da rigidez. Os pacientes podem relatar os problemas listados abaixo:

  • Sono perturbado
  • Problemas para se vestir de manhã (por exemplo, colocar uma jaqueta ou se abaixar para calçar meias e sapatos)
  • Problemas para se levantar de um sofá ou entrar e sair de um carro.

A idade média de início dos sintomas é de 70 anos, e é mais frequente em mulheres (duas mulheres para cada homem), é mais comum em caucasianos.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

O diagnóstico da doença pode ser difícil já que não costuma causar edema nas articulações. Devemos lembrar que a polimialgia reumática pode ocorrer com outro problema de saúde, como a arterite de células gigantes – uma inflamação das artérias grandes e médias da cabeça, pescoço e parte superior do corpo. Apresenta-se como dor de cabeça intensa na região temporal, podendo ocorrer perda súbita da visão e dificuldade para a mastigação.

Os resultados dos exames de sangue que detectam inflamação – hemossedimentação e proteína C reativa, geralmente estão anormalmente altos. Ambos podem estar muito elevados na polimialgia reumática, embora em alguns pacientes esses testes podem ter resultados normais ou apenas ligeiramente elevados.

O tratamento da polimialgia reumática envolve o uso de corticoide, que tem por objetivo reduzir e combater a inflamação que causa os sintomas da doença.

A artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica e autoimune que atinge as articulações, inclusive as das mãos e dos pés.

Não temos a cura ainda, mas o tratamento pode aliviar os sintomas e manter a qualidade de vida.


Nesse sentido, alguns alimentos também podem ajudar. Isso porque alguns alimentos podem contribuir para diminuir a inflamação na artrite reumatoide.

Por isso estamos falando da importância de optar por uma dieta saudável, à base de plantas, ricas em grãos inteiros, frutas e vegetais. O teor de gorduras saturadas, sódio e alimentos processados devem ser o menor possível – basicamente uma dieta mediterrânea – azeite, frutas, legumes e pouca carne.

Além de ser uma dieta menos inflamatória, geralmente resulta na perda de peso, o que pode ser ótimo na redução da sobrecarga para as articulações, aliviando os sintomas da artrite.

Vale lembrar que alguns alimentos podem parecer que pioram os sintomas para algumas pessoas, logo podem ser eliminados ou diminuídos da dieta, mas isso deve ser feito sempre com acompanhamento do nutricionista para que não se exclua grupos de alimentos inteiros, ou grande número de alimentos, a ponto de prejudicar a absorção de nutrientes necessária para o funcionamento do corpo como um todo.

É evidente que a alimentação sozinha não tem a pretensão de substituir o tratamento médico, a dieta deve ser encarada como aliada do tratamento.

A artrite reumatoide (AR) é uma doença crônica que afeta as articulações. Nesses casos, o nosso sistema imune está desorganizado e frequentemente exige um tratamento com medicações de uso prolongado. Além do tratamento médico, a alimentação é uma forma de contribuir para a melhora da doença.

Aqui vai uma lista de alimentos que podem ajudar:

  • Frutas vermelhas – essas frutas têm antocianina, uma substância que tem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Alguns exemplos são cereja, morango, romã e goiaba.
  • Abacate – possui micronutrientes que tem efeitos anti-inflamatórios. Além disso é rico em luteína, substância que combate a ação de radicais livres.
  • Verduras verde-escuro – brócolis, espinafre, couve e acelga são fontes de antioxidantes, como a vitaminas A, C e K. Por serem ricas em cálcio, também contribuem com a proteção dos ossos.
  • Azeite de oliva – rico em gorduras boas, contém compostos ativos que estão associados à redução dos danos articulares causados pela artrite reumatoide.
  • Oleaginosas – como possuem gorduras de boa qualidade, elas podem colaborar com a proteção das articulações. Alguns exemplos : amêndoas, nozes, pistache, linhaça e chia.
  • Cebola, alho e pimenta – a quercetina, antioxidante que age no alívio das inflamações é encontrada no alho e na cebola. Já as pimentas, são ótimas fontes de vitamina C.
  • Peixes – o Ômega-3 age nas células que regulam o sistema imunológico e possuem forte ação anti-inflamatória.

Já alguns alimentos devem ser evitado por serem capazes de piorar a inflamação, como sal e açucar, gordura saturada e as bebidas alcoólicas.

É importante ressaltar que a alimentação sozinha não tem a pretensão de substituir o tratamento médico, esta deve ser encarada como auxiliar e não anula a necessidade do acompanhamento médico.