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Também chamados de corticoesteroide, glicocorticoide, ou até cortisona, os corticoides têm importante ação anti-inflamatória e são muito utilizados em reações alérgicas, doenças inflamatórias (artrite, lúpus, por exemplo), e também no tratamento oncológico.
São vários os tipos de apresentação: cremes e loções, sprays, comprimidos e injetáveis, para infiltração ou uso intramuscular e endovenoso.

Os corticoides são de extrema utilidade quando bem empregados em várias especialidades médicas, em especial para obtenção de efeitos imunossupressor e anti-inflamatório. No entanto, é importante avaliarmos sempre a relação benefício/toxicidade com seu uso e caso não houver mais benefícios, deve-se evitar o uso continuado. Para muitas doenças reumáticas vale a orientação: menor dose efetiva e pelo menor tempo possível.

Para aqueles que utilizam estes medicamentos por longos períodos de tempo, os potenciais efeitos colaterais são: cansaço, estrias, catarata, osteoporose, aumento dos níveis de glicose (açúcar) no sangue, diminuição das defesa contra infecção, agitação e insônia. Efeito colateral frequente, o sobrepeso é o que mais incomoda os pacientes. Nem todos ganham peso mas para alguns esse aumento pode ser muito relevante.

Por que ganhamos peso?

Bem, o uso prolongado de corticoide causa retenção de líquido em nosso organismo, devido a alteração na eliminação de sódio, o que leva ao inchaço neste paciente. Como estes medicamentos também podem causar aumento de apetite, isso pode resultar em ganho de peso indesejado.

Mesmo se tiver ganhado peso, não é indicado parar o tratamento sem orientação médica! Interromper o uso de corticoides pode atrapalhar todo o andamento terapêutico e prejudicar os bons resultados já conquistados. Infelizmente, ainda não é possível prever quem vai ter o inchaço durante o uso do corticoide, mas com uma alimentação saudável e com pouco sal, é possível evitar que o ganho de peso seja tão elevado.

É importante evitar o consumo de açúcar, doces, carboidratos em excesso e uso elevado de sódio, muito comum em alimentos industrializados. Opte por comidas frescas, sem gordura, e tome bastante água.

Chás de hibisco, cidreira, menta e gengibre, e sucos naturais, de frutas que não contenham muito açúcar são excelentes opções para combater a retenção de líquidos, e o nutricionista poderá lhe ajudar ainda mais!

Possivelmente, a forma mais relevante na qual a dieta moderna contribuiu para as doenças autoimunes é causando a síndrome do intestino permeável (ou “permeabilidade intestinal anormal”). Simplificadamente, o intestino permeável pode ser resumido da seguinte maneira:

Em uma pessoa saudável, o intestino é como um tubo fechado – sendo que as paredes desse tubo são uma espécie de “barreira” de funcionamento bem complexo.

Essa barreira tem a função de regular o que passa do intestino para dentro do nosso corpo, e com isso os nutrientes certos são priorizados para a corrente sanguínea, enquanto todo o resto fica de fora. É assim que você obtém os nutrientes a partir da comida, e ao mesmo tempo mantém dentro do intestino todo o “resto”.

No entanto, toxinas alimentares da dieta moderna, especialmente proteínas como glúten e outras lecitinas, desequilibram essa barreira.

Essas proteínas se parecem com açúcares simples, então, a barreira do intestino as deixa passar facilmente.

Quando essas substâncias tentam passar pela barreira, elas acabam danificando a parede intestinal e tornando mais fácil que outras partículas que deveriam ficar de fora entrem para a circulação sanguínea.

No entanto, assim que essas outras partículas entram na corrente sanguínea, nosso sistema imunológico percebe que elas não deveriam estar ali – e, por isso, nosso corpo tenta combatê-las. Infelizmente, essas proteínas são “espertas” e podem continuar a enganar seu corpo.

As lecitinas que conseguem permear (passar) a parede do intestino muitas vezes se parecem com as proteínas que fazem parte do seu próprio corpo (isso é chamado de mimetismo molecular).

Então, quando o sistema imunológico monta uma defesa contra elas, essa defesa pode acabar atacando suas próprias proteínas também.

Essa foi uma explicação muito simplificada; se você deseja obter a versão científica disso, você pode encontrá-la nas referências.

Conforme dissemos, as pesquisas ainda estão em fases preliminares.

Mesmo assim, há uma quantidade crescente de indícios apontando a permeabilidade intestinal como um importante fator das doenças autoimunes – sendo que as substâncias irritantes ao intestino (tão presentes na dieta moderna) podem não estão ajudando você se manter da forma mais saudável.