DRA. ADRIANA MARIA KAKEHASI
Decisão compartilhada, do inglês “shared decision making”, significa que médicos e pacientes trabalham juntos para entender a situação clínica e para determinar a melhor maneira de lidar com o problema de saúde.
Não se trata de convencer o paciente a seguir a recomendação do médico, nem de fazer todas as solicitações ou prescrições medicamentosas que o paciente julga necessário para o seu tratamento.
Os dois elementos principais no processo de decisão compartilhada são:
1. A comunicação de risco: o medico comunica ao paciente a necessidade de tratamento, explica os benefícios e potenciais riscos das intervenções, sempre baseado em evidências cientificas.
2. O esclarecimento de valores: significa identificar o que é mais importante para o paciente, a partir do que ele considera prioridade e quais suas preferências.
Para dar alguns exemplos: o médico deve esclarecer que há diferentes tratamentos efetivos para a mesma doença mas, alguns deles podem ser contraindicados dependendo da presença de fatores próprio daquele paciente. Por outro lado, da parte do paciente, ele pode ter a opção de escolher a forma como vai receber uma mesma medicação, caso ela esteja disponível nas opções subcutânea ou intravenosa.
A partir dessa discussão, uma decisão colaborativa entre médico e paciente determina como será conduzido o tratamento.
O cuidado de cada paciente depende de suas circunstâncias pessoais, por isso, utilizamos as recomendações científicas de tratamento, com escolhas que se encaixem ao indivíduo, e com sua participação.
E você, está preparado para a decisão compartilhada?