Posts

Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) e exposição solar definitivamente não combinam. E você pensa: estamos com dias frios e o sol nem está tão quente… mas os raios UVA e UVB do sol contiuam com grande incidência independente da estação do ano.

Recomendamos às pessoas com LES que mesmo em dias mais frios tenham cuidado em relação e exposição solar. Grande parte das pessoas que tem LES têm sensibilidade ao sol, e essa sensibilidade não é só à luz direta do sol, mas também ao reflexo dos raios UV, a partir do sol que incide em superfícies. Os raios ultravioletas podem gerar novas lesões na pele e crises de atividade do lúpus (o sol, nesse caso, funciona como gatilho).

Lembrando que quando a exposição solar for inevitável, é recomendável a utilização de bloqueadores solares, incluindo na região do pescoço, tronco, braços e pernas. E passar no mínimo fator 30, com 15 minutos de antecedência e ir reaplicado periodicamente, a cada duas ou três horas. Além disso, recomenda-se o uso de óculos escuros e barreiras físicas, como o uso de roupas que protegem a pele da luz solar.

Você ainda tem alguma dúvida sobre o assunto? Deixe nos comentários ou entre em contato para uma consulta.

A reumatologia é uma especialidade médica que cuida, sobretudo, dos tecidos conjuntivos, isto é, dos músculos, tendões, ossos e ligamentos. Esses profissionais são qualificados para fazer o diagnóstico e orientar cada paciente no tratamento e no convívio com o problema apresentado.

Você tem apresentado dores nas articulações, inchaço nas juntas, rigidez ao acordar e manchas de tons escuros no rosto? Se a resposta é sim, vale a pena observar esses sintomas. Quando persistentes, eles são capazes de apontar quando procurar um reumatologista.

Vale ressaltar que além da dor, algumas das doenças reumáticas ainda podem comprometer alguns órgãos do corpo humano, como cérebro, pulmões, rins e coração.

As principais doenças que são diagnosticadas em consulta com reumatologista são:

  • Artrite reumatoide: doença crônica que causa dor, inchaço e rigidez;
  • Febre reumática: doença caracterizada por inchaço e dor nas articulações, podendo até mesmo prejudicar o coração;
  • Fibromialgia: doença que provoca dores em diversas partes do corpo, sono e fadiga;
  • Tendinite: doença que inflama os tendões;
  • Bursite: doença caracterizada pela inflamação da Bursa (é um pequeno “saco” que funciona como um amortecedor dos ossos e músculos.

Além dessas doenças reumatológicas, o esse especialista também cuida de: Gota, Osteoporose, Artrose, Lúpus, Vasculites, compressões de nervos, entre outras doenças.

Também chamados de corticoesteroide, glicocorticoide, ou até cortisona, os corticoides têm importante ação anti-inflamatória e são muito utilizados em reações alérgicas, doenças inflamatórias (artrite, lúpus, por exemplo), e também no tratamento oncológico.
São vários os tipos de apresentação: cremes e loções, sprays, comprimidos e injetáveis, para infiltração ou uso intramuscular e endovenoso.

Os corticoides são de extrema utilidade quando bem empregados em várias especialidades médicas, em especial para obtenção de efeitos imunossupressor e anti-inflamatório. No entanto, é importante avaliarmos sempre a relação benefício/toxicidade com seu uso e caso não houver mais benefícios, deve-se evitar o uso continuado. Para muitas doenças reumáticas vale a orientação: menor dose efetiva e pelo menor tempo possível.

Para aqueles que utilizam estes medicamentos por longos períodos de tempo, os potenciais efeitos colaterais são: cansaço, estrias, catarata, osteoporose, aumento dos níveis de glicose (açúcar) no sangue, diminuição das defesa contra infecção, agitação e insônia. Efeito colateral frequente, o sobrepeso é o que mais incomoda os pacientes. Nem todos ganham peso mas para alguns esse aumento pode ser muito relevante.

Por que ganhamos peso?

Bem, o uso prolongado de corticoide causa retenção de líquido em nosso organismo, devido a alteração na eliminação de sódio, o que leva ao inchaço neste paciente. Como estes medicamentos também podem causar aumento de apetite, isso pode resultar em ganho de peso indesejado.

Mesmo se tiver ganhado peso, não é indicado parar o tratamento sem orientação médica! Interromper o uso de corticoides pode atrapalhar todo o andamento terapêutico e prejudicar os bons resultados já conquistados. Infelizmente, ainda não é possível prever quem vai ter o inchaço durante o uso do corticoide, mas com uma alimentação saudável e com pouco sal, é possível evitar que o ganho de peso seja tão elevado.

É importante evitar o consumo de açúcar, doces, carboidratos em excesso e uso elevado de sódio, muito comum em alimentos industrializados. Opte por comidas frescas, sem gordura, e tome bastante água.

Chás de hibisco, cidreira, menta e gengibre, e sucos naturais, de frutas que não contenham muito açúcar são excelentes opções para combater a retenção de líquidos, e o nutricionista poderá lhe ajudar ainda mais!

As doenças reumáticas na infância têm frequência cada vez mais elevada, principalmente em adolescentes do sexo feminino. Entre essas doenças reumáticas, o lúpus eritematoso sistêmico (LES) se destaca. Crianças e adolescentes necessitam de atendimento diferenciado, devido ao potencial impacto da doença e da terapia no crescimento e desenvolvimento físico e psicológico.

Entre toda a população lúpica, em tono de 20% pertence à faixa etária pediátrica, se manifestando até os 16 anos. A principal diferença é que, na criança, o acometimento renal pode ser mais prevalente e grave. Os critérios diagnósticos utilizados para o LESJ são os mesmos do adulto e o tratamento é bastante similar.

Os sinais e sintomas são muito variáveis, e qualquer órgão pode ser afetado. Frequentemente, encontramos no início da doença os seguintes sintomas:
febre, perda de peso e mal-estar, com agravamento no decorrer de semanas ou até meses.

As manifestações clínicas mais comuns são: artrite (67%), erupção malar (66%), nefrite (55%) e doença do sistema nervoso central (27%). Algumas crianças apresentam sintomas agudos – até mesmo com risco de vida – já no início da doença.

Embora não façam parte dos critérios diagnósticos, manifestações decorrentes do acometimento de diferentes órgãos podem ocorrer, tais como:
-febre persistente,
-hemorragia pulmonar,
-hipertensão pulmonar,
-pneumonite,
-miocardite,
-doença valvar,
-doença arterial coronária,
-ascite,
-pancreatite,
-hepatite

Nem todas as manifestações necessárias para o diagnóstico definitivo podem estar presentes quando a criança é vista pela primeira vez. Assim, quadros reumatológicos, dermatológicos, renais e neurológicos sem diagnóstico etiológico definitivo devem ser acompanhados até que um diagnóstico possa ser firmado.

O tratamento da doença é crônico e prolongado, são eles:

  • Acompanhamento Reumatologia e com Pediatra.
  • Outras especialistas podem ser acionados: Nefrologista, Cardiologista, Neurologista, entre outras, a depender dos órgão acometidos;
  • Nutrição adequada, com cuidado na oferta de sal e proteínas nos pacientes hipertensos e com acometimento renal;
  • Cuidado com a exposição solar, tentando evitá-la e lembrando de utilizar filtro solar;
  • Tratamento medicamentoso é baseado na utilização de corticoides (prednisolona ou prednisona) e anti-maláricos (cloroquina ou hidroxicloroquina). Em casos graves, a pulsoterapia pode ser utilizada. O uso crônico de corticoides exige monitorização de seus efeitos colaterais: hipertensão arterial, osteoporose, catarata, alteração do crescimento, acne, úlceras, susceptibilidade a infecções, dentre inúmeros outros.
  • Em casos de acometimento renal, a utilização de imunossupressores, tais como azatioprina, micofenolato e ciclofosfamida, melhorou consideravelmente a sobrevivência e a gravidade da agressão renal ;
  • O tratamento não deve ser retardado nos casos graves, mesmo nos pacientes que não preencham todos os critérios de classificação; o reumatologista vai coordenar esse tratamento.
  • Não esquecer de seguir o calendário de vacinação. Atenção na indicação das vacinas vivas nos paciente em uso crônico de corticoides e/ou imunossupressores. Converse sempre o reumatologista para receber orientações.

É importante tratar adequadamente as manifestações clínicas e seguir cuidadosamente aqueles que não preencham os critérios diagnósticos. Dessa forma, caso apareçam achados adicionais, estes podem ser investigados ao longo do tempo, fechando o diagnóstico definitivamente.

Outros fatores, como história familiar, idade, duração dos sintomas e evolução dos achados, devem ser levados em conta antes de classificar uma criança com LES, uma vez que nenhum dos critérios clínicos ou imunológicos para a classificação do LES é específico da doença. Alguns pacientes podem apresentar manifestações graves de órgãos pelo lúpus sem cumprir os critérios de classificação e devem ser tratados prontamente.