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É uma doença reumática que pode acometer crianças na idade escolar e adolescentes. Ocorre como complicação de infecção de garganta causada pelo estreptococo beta- hemolítico do grupo A. Pode afetar várias partes do corpo como articulações, coração, sistema nervoso e pele.

Ainda não se sabe exatamente porque apenas algumas pessoas desenvolvem essa complicação, mas sabe-se que elas já nascem com uma predisposição genética para a doença.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA FEBRE REUMÁTICA?

Artrite – É a manifestação mais comum da FR, caracterizada por uma inflamação das juntas, bastante dolorosa, com inchaço e vermelhidão. Ocorre uma a três semanas após a infecção pelo estreptococo. Não deixa sequelas e melhora com o tratamento, que é à base de antiinflamatório.

Cardite – É a complicação mais temida porque pode deixar seqüelas, sendo uma causa importante de cirurgia cardíaca no Brasil. Trata-se de uma inflamação em uma ou mais válvulas do coração e que é diagnosticada pela presença de sopro. A lesão pode ser leve ou grave, com insuficiência cardíaca. Além de ouvir o sopro, o médico completará a avaliação com exames como o ecocardiograma e o eletrocardiograma. Ocorre mais ou menos uma semana a três meses após a infecção de orofaringe. O tratamento consiste em repouso e uso de antiinflamatório potente, o corticosteroide.

Coreia – É a presença de movimentos involuntários, desordenados, mais evidentes em extremidades (braços e pernas) e no rosto. Esses movimentos, geralmente aumentam com as tensões emocionais e cessam com o repouso. Pode alterar o comportamento (instabilidade emocional), a fala e a escrita. A presença da coreia isoladamente permite o diagnóstico de FR, porque ela ocorre mais tardiamente, depois de um a seis meses após a infecção estreptocócica.

Nódulos subcutâneos – São pouco comuns e geralmente estão associados a cardite. Caracterizam-se por nódulos duros, móveis, indolores localizados na pele.

Eritema marginado – São lesões avermelhadas em tronco e membros que aparecem e desaparecem. Este tipo de alteração cutânea está quase sempre associado a cardite.

COMO POSSO TER CERTEZA QUE MEU FILHO TEM FEBRE REUMÁTICA?

Para saber se um paciente tem Febre Reumática, o médico se baseia na história que os pais contam, nas alterações encontradas no exame físico e resultados de alguns exames.

Alguns desses dados são importantíssimos para o diagnóstico e foram denominados de Critérios de Jones. Esses se dividem em sinais maiores, sinais menores e evidência de amigdalite prévia.

O diagnóstico é possível quando houver a presença de dois sinais maiores ou, um sinal maior e dois menores, além da evidência de infecção estreptocócica anterior.