O termo flora intestinal pode ser mais familiar, mas o correto e MICROBIOTA intestinal. A mudança da nomenclatura se deve ao fato do termo flora se referir a plantas e por isso não está de acordo com a classificação de bactérias, fungos, vírus e protozoários. Por isso, o uso do termo microbiota intestinal para designar o conjunto de microorganismos que povoam o trato gastrointestinal (TGI) humano.

Quais as funções da microbiota no nosso organismo?

As bactérias intestinais produzem várias vitaminas, como B2, B12 e K, além de ácido fólico. Elas também fabricam ácidos graxos de cadeia curta (SCFA), que podem reduzir a inflamação, proteger contra distúrbios no cólon e reduzir os níveis de colesterol e açúcar no sangue. Estão envolvidas no metabolismo de minerais como: cálcio, ferro, magnésio, selênio, cobre e zinco. Têm a capacidade de metabolizar fitoquímicos, principalmente os polifenóis, compostos químicos que neutralizam substâncias nocivas (radicais livres).
E ainda, a microbiota é responsável pela produção da serotonina, substância responsável pelo humor.

Uma microbiota saudável é aquela mais diversificada, ou seja, a predominância de apenas algumas espécies não é o ideal. Veja abaixo algumas bactérias encontradas no intestino: 

  • Prevotella
  • Bacteroides
  • Lactobacillus
  • Escherichia coli
  • Bifidobacterium Lactis
  • Clostridium difficile

Mudança na composição normal e saudável da microbiota pode se associar a muitas doenças, intestinais ou em outros locais.

VOCÊ É O QUE VOCÊ COME!

O consumo exagerado de alimentos processados, industrializados, embutidos e alergênicos, assim como a ingestão elevada de carboidratos simples, gorduras saturadas, sal e açúcar alteram de forma significativa a composição e q diversidade da microbiota intestinal.
Também o fumo, estresse, depressão, uso excessivo de antibióticos podem alterar o número de bactérias no intestino.
Se há aumento das bactérias patogênicas, esse desequilíbrio intestinal é chamado de disbiose e tem como consequências a menor absorção dos nutrientes. Alguns sintomas podem ser acusados pela disbiose, como a distensão abdominal, aumento dos gases, períodos alternados de diarreia e constipação intestinal. Mas não é só isso… essa alteração da microbiota é causa de alterações inflamatórias da mucosa (parede) do intestino. Isso pode propiciar a disseminação de células inflamatórias ativadas para a circulação e finalmente para os mais diversos órgãos, como a pele e as articulações. É assim que os conhecimentos começam a relacionar a disbiose com a psoríase e a artrite, por exemplo.

A microbiota desequilibrada também se relaciona à obesidade porque pode influenciar a resistência a insulina e o acúmulo de gordura.

Quer melhorar sua microbiota? Pode começar já! E para orientações específicas, procure um nutricionista.

Evite:

  • Alimentos ricos em gordura
  • Farinha branca – alimentos refinados
  • Antibióticos e laxantes
  • Álcool
  • Açúcar

Aumente na dieta:

  • Alimentos ricos em fibras, como a linhaça e aveia
  • Vegetais, como couve, brócolis, aspargos, repolho e couve-flor
  • Alho e cebola
  • Alimentos probióticos (bactérias vivas encontradas em alimentos como iogurte, kimchi e chucrute) estimulam o crescimento de bactérias boas.
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